AGENTE 250: FACTORY SLAVES ( Escravos da fábrica )

- O Agente tem novidades sobre o “backstage” da 250. E não é sobre a corrida em si, mas sobre rock de garagem, que é algo que tem muito a ver com a arrancada.

Quem deu o empurrão inicial nesta ideia foi o Eli Miranda Chaves, que trouxe a banda do seu irmão na segunda edição da 250. A intenção era tornar o tempo do pessoal nos boxes durante o sábado a noite mais divertido. Em palavras simples: “juntar a galera que esta nos boxes e que vai passar a noite esperando a prova no dia seguinte”.

A ideia evoluiu e em 2014 trouxemos a banda Vigário Jack, que fez um bom show, rock bem animado. Para 2015, buscávamos algo mais básico, algo que lembrasse o “rock de garagem”, que muitas vezes é tocado até nas oficinas ( mais de um piloto do RS já teve banda e podemos até citar o Douglas Carbonera – DOUG’S Speed Shop). Algo que pudesse ser mais participativo para todos os presentes em Tarumã no sábado a noite.

A vida sempre traz algumas surpresas e uma delas foi encontrar um dos primeiros campeões da AD como guitarrista de uma banda de ...”rock de garagem”! Foi como juntar a fome com a vontade de comer. É um ciclo que se fecha, com alguém que gosta da arrancada e gosta de rock. Grande combinação.

Essa figura, que competia com uma PUMA GTB TURBO, escoltado pelo tio Ênio, é o Felipe Hilzendeguer, campeão do 2º Campeonato da AD.

Ele vem com a banda FACTORY SLAVES para fazer o show e alegrar o pessoal no sábado a noite em Tarumã. É uma inesperada volta para a pista!

Vamos deixar que ele nos conte como nasceu a Factory Slaves:

"Ano passado ia ter um evento na empresa e o RH convidou algumas pessoas para tocar músicas na festa. O pessoal trouxe os instrumentos e a empresa liberou espaço para eles ensaiarem durante uma hora todos os dias.

O baterista e um dos guitarristas trabalhavam no meu turno ( noite) e na hora da janta me convidaram para ir lá assistir. O guitarrista, sabendo que um dia eu já havia tocado, começou a provocar e pediu para eu tocar uma música.

Não lembrava mais nada... chegando em casa peguei a minha guitarra, troquei as cordas e comecei a treinar.

Nos reunimos de novo para fazer um barulho e aí começou a juntar mais gente. Uns foram assistir e outros se revelaram músicos que estavam parados também. Apareceram mais dois guitarristas e quatro bateristas! Eu nem me atrevi a tocar pois estava muito enferrujado.

A função durou um mês. Todo dia na janta a gente ia lá na fábrica fazer barulho. Depois do evento ficamos com vontade de continuar tocando e então marcamos um ensaio num estúdio.

Juntamos mais um baixista e um vocalista do outro turno e fomos tocar músicas simples, punk, rock, pois era o que eu conseguia.

Os outros músicos eram bons e no meio do ensaio começou a sair um monte de músicas que não tínhamos combinado. Ali eu decidi que era hora de fazer aulas de novo e peguei um dos guitarristas para me ensinar.

Para a minha surpresa o resto da banda também ficou muito empolgada e buscou recursos. O lasanha chegou a comprar uma bateria eletrônica pois não podia fazer barulho em casa mas queria treinar.

A gente convidava outras pessoas para ensaiar quando alguém não podia ir. Numa dessas eu convidei o César Haubert que foi nosso colega de empresa ( saiu ano passado). Sabia que ele adorava tocar . Só não sabia que era tão bom, comprometido mesmo.

A entrada do César tornou tudo mais sério. Ele nunca dava “balão” nos ensaios e ainda levou o filho dele que toca guitarra solo e canta algumas músicas.

Aos poucos a banda foi tomando a sua formação definitiva. O fato é que o César gosta tanto de tocar que decidiu fazer um estúdio improvisado nos fundos da casa dele.

Levamos duas semanas para colocar um isolamento com madeira, fazer à elétrica e por fim eliminar a reverberação. Agora podemos ensaiar incomodando menos os vizinhos.

E assim a banda foi nascendo. Uma junção de amigos do trabalho que curte rock e adora tocar! Antes que eu esqueça, o Maurício que é o vocalista trabalhava em outra área.

Quando ele falou que cantava a gente duvidou. ... chegando no primeiro ensaio o cara arrasou! Olhando pra ele nunca imaginamos que ele soubesse cantar".